segunda-feira, 14 de dezembro de 2015



E foi assim sabe, eu acordei e decidi que não escreveria sobre nós,  não escreveria sobre o passado que as vezes me assombra e nem sobre o futuro que me aguardava, também não sei se vou escrever sobre o presente,  talvez o presente tenha a ver com o que eu sou hoje. Então é sobre isso, sobre eu. 
  Alguém que anseia mais da vida, que quer rir, ouvir as músicas mais antigas e as mais atuais e sentir o coração se encher de vida. Logo eu, que sempre deixei claro que não iria deixar a criança em mim morrer, e não deixei. Não deixei que a pressão da sociedade acabasse com a alegria de ver um desenho animado e sorrir ou chorar que nem uma criança de três anos que pega o cobertor e vai pro quarto da mãe por estar com medo.
  Eu, que no meio de tantas pessoas, vejo quando as outras precisam de um abraço,  abraço esse que um dia eu precisei e eu mesma me dei. Aprendi que na vida a gente tem que aprender a construir nossa história,  que uma hora tudo passa, aquele golpe no coração some, e você fica apenas com uma cicatriz pequena que logo, depois de alguns anos não mais existirá.
  Eu, eu que gosto de margaridas, chocolate e morango e dormir abraçada com ursinhos  fiz de mim mesma uma armadura pras horas mais difíceis.  Mas, foi essa pessoa aqui, que há dez anos atrás se melava inteira tomando sorvete que não se foi. Não deixou o tempo e as responsabilidades à tornarem alguém que não ver alegria na vida e brilho nas estrelas.
  Portanto não é o amanhã que importa, nem mesmo o passado que nos tanto atormenta,  o presente importa, mais acima dele, o que mais importa, é o que você é por dentro.

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